Queda de Cabelo - o que é? Conheça os tipos

O termo científico Alopecia se refere à uma perda da densidade capilar - seja qual for a área corporal afetada - e que tem subclassificações conforme a evolução, etiologia e topografia.

Quero abordar um tipo de alopecia, que ocorre com bastante frequência tanto em homens quanto mulheres, que é o eflúvio telógeno.

Normalmente, caem de 30 a 80 fios por dia devido ao ciclo natural do folículo piloso. Quando este número é acima de 100 fios, pode-se considerar uma perda capilar importante.

O eflúvio telógeno é um tipo de queda difusa, ou seja, há perda capilar por todo o couro cabeludo, mas que fica evidente principalmente nas têmporas e no entorno das orelhas. Uma outra característica importante dele é que a queda aguda dos fios acontece cerca de 2 a 3 meses após o fator-gatilho. Portanto, se o seu cabelo começou a cair em abril, provavelmente entre janeiro e fevereiro aconteceu algo que desencadeou a queda.

Mas o que causa essa alopecia? Eis a questão...são vários fatores:

- Fatores hormonais. Principalmente no pós-parto, a queda do cabelo acontece tanto na mãe quanto na criança, pois até o nascimento, os dois corpos estavam sob uma regência hormonal e a partir do nascimento, tudo muda - inclusive os cabelos. Pessoas com alterações na tireoide podem perceber queda aumentada, assim como quem tem diabetes.

- Fatores emocionais. O estresse constante é um grande ‘bagunceiro’ bioquímico do nosso organismo. Isso gera um ciclo vicioso de queda de cabelo, que provoca mais estresse e resulta em mais queda. Grandes desencadeadores de estresse são falecimento de entes queridos, acidentes, fim de relacionamentos, etc.

- Febre acima de 39º. Com a grande epidemia de dengue, zika e chikungunya, as pessoas passam por quadros de febre alta que geram perda capilar.

- Alterações nutricionais – deficiências em minerais, como a anemia, provocam grande perda capilar. Ainda, redução de fonte proteica – como no vegetarianismo – podem privar os folículos de um bom desenvolvimento.

- Cirurgias. Tanto pelo estresse em si, como a alteração resultante do processo cirúrgico. Um exemplo misto entre alteração nutricional e cirurgia são os pacientes bariátricos, cuja quantidade de fornecimento nutricional é reduzida drasticamente, o que obriga o organismo a priorizar o funcionamento dos órgãos vitais.

Qualquer que seja o seu motivo que causou o eflúvio telógeno, é essencial que você entenda que o cabelo que cai hoje, recebeu um estímulo há 2 ou 3 meses atrás e, nada que você faça agora vai estancar essa queda da noite para o dia e muito pior é desesperar-se com os fios caídos. Por isso que é extremamente importante você se manter alerta às falsas promessas de tratamentos milagrosos, principalmente se não houver um processo investigativo que tente identificar qual foi o fator-gatilho para removê-lo.

Ainda, se é um caso agudo e pontual, cerca de 6 meses depois o seu cabelo tende a se recuperar bem sozinho.

Entretanto, existem diversos protocolos dentro da terapia capilar que ajudam bastante na fase de crescimento dos novos fios e no seu fortalecimento. É como se nós colocássemos combustível e lubrificássemos todos os componentes de uma locomotiva para ela funcionar plenamente.

Conte conosco para superar esta fase angustiante, pois estamos aqui para te ajudar.

Luma Sakamoto

Gestora, visagista e terapeuta capilar.

Graduada em Gestão Empresarial pela FATEC - Faculdade de Tecnologia de São Paulo (2010). Graduada em Visagismo e Terapia Capilar pela Universidade Anhembi Morumbi (2014) Pós-graduada em Tricologia e Terapia Capilar pela Universidade Anhembi Morumbi (2016). Palestrante no 3⁰ Congresso de Tricologia da Hair Brasil (2015). Apresentadora de trabalho científico na Cosmoprof Worldwide Bolonha, Itália (2015) e no World Congress for Hair Research (WCHR) em Miami, Estados Unidos (2015). Docente pela Academia Brasileira de Tricologia (ABT).

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